“A Fazenda do Catavento parece imersa num passado distante, resistindo às mudanças que as estruturas de um novo tempo impõem. Nela permanecem resquícios de uma época feudal, latifúndio em decomposição, sustentado por relações patriarcais que a velha proprietária – Aurélia – insiste em manter com seus empregados. Um dia, surge na fazenda um homem de nome e origem desconhecidos, à procura de trabalho. Admitido como capataz, José Roberto (esse é o nome com que passam a chamá-lo) começa a se sentir responsável pela introdução de novos elementos naquele universo estagnado. Entre os moradores daquele estranho mundo, Paulo – jovem lavrador, nascido e criado ali – foi o único que se mostrou sensível às estranhas idéias do novo capataz, seu companheiro de quarto. José Roberto começou a se ligar mais profundamente a Paulo, dando-lhe lições diárias, ensinando-o a ler e escrever e preparando-o para uma nova vida.